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Sonhar
é preciso. Não importa se criança, adolescente ou adulto, um livro é o
convite certeiro para devaneios, reflexões, debates, distrações. É o
espaço ideal para ficar divagando ao sabor das palavras, devagar, com
tempo para desfrutar de cada viagem, ficção, relato, confissão. Um
vasto mar de fantasias, um imenso pasto para ruminar ideias. E, em
matéria de sonho, não há ninguém como Elisa. Ou quase. Tem também
Devagar e Divagando, a tartaruga e a vaca que pertencem a essa menina
sonhadora e que dão título ao novo livro do escritor, crítico
literário, roteirista e professor Flávio Carneiro.
Ilustrada
com delicadeza e humor pelo xará Flávio Fargas, a obra conta a história
da improvável amizade entre a tartaruga Devagar e a ruminante
Divagando, estranhamente amantes da televisão, e da determinação de sua
dona - e também senhorita, princesinha, lady e dona de rancho, além de
amiga - de realizar seus sonhos.
Devagar,
por exemplo, sonhava conhecer o mar, sentir a água salgada e nadar
junto às (prováveis) parentes que estrelavam "O mundo fantástico das
tartarugas marinhas", seu programa preferido na TV. Mas, em poucas e
rápidas palavras, Devagar era diferente de outras tartarugas.
Divagando,
por sua vez, desejava perambular por um pasto bem verdinho, onde ela
pudesse comer e mascar, mascar e comer sem pressa maços e mais maços de
capim ao lado de suas (prováveis) parentes bovinas que protagonizavam a
"Sessão dos Ruminantes", programa televisivo de sua preferência.
Contudo, sem ruminar muito sobre isso, é preciso dizer: Divagando era
diferente de outras vacas.
Amiga
leal, além de sonhadora, a pequena Elisa vislumbra nas férias - e em
suas possíveis viagens - a chance de realizar (de alguma forma) os
sonhos dessa dupla querida e incomum. Conseguirá uma simples garotinha
dar a água do mar e o capim verde que sua tartaruga e sua vaca,
respectivamente, tanto anseiam? Pensando bem, bem devagar, divagando
sobre a questão: o que, afinal, Devagar e Divagando têm de tão
diferente de suas parentes?
As respostas - e os sonhos - a essas perguntas só podem ser encontradas lendo e se divertindo com Devagar & Divagando,
uma singela homenagem de Flávio Carneiro à infância e sua pureza de
imaginação. Se sonhar é preciso, como já foi dito lá no primeiro
parágrafo deste texto, ler é um caminho para vagar sem medo de se
perder.
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